"A Energia Escura atua inibindo o crescimento das galáxias"
Há 10 anos o estudo das supernovas tipo Ia distantes originou a descoberta da energia escura
que é considerada a responsável pela expansão acelerada do Universo. Agora, os cientistas
confirmam a existência dessa misteriosa e repulsiva força, usando uma linha independente de
experimentos e medições.
As novas descobertas fornecem novas e consistentes provas para a teoria geral da relatividade e
stabelecida por Einstein e suportam a idéia que a energia escura é uma propriedade intrínseca e
imutável do vácuo cósmico. Pela primeira vez, os astrônomos observaram claramente
os efeitos da energia escura
nos objetos colapsados mais massivos do Universo (os aglomerados galácticos), usando o
Observatório Chandra de raios-X da NASA. Rastreando como a energia tem i
mpulsionado o crescimento dos aglomerados galácticos e combinando isto com os estudos
anteriores, os cientistas conseguiram as melhores evidências até o momento do que
é a energia escura e qual é o real destino do Universo.
que é considerada a responsável pela expansão acelerada do Universo. Agora, os cientistas
confirmam a existência dessa misteriosa e repulsiva força, usando uma linha independente de
experimentos e medições.
As novas descobertas fornecem novas e consistentes provas para a teoria geral da relatividade e
stabelecida por Einstein e suportam a idéia que a energia escura é uma propriedade intrínseca e
imutável do vácuo cósmico. Pela primeira vez, os astrônomos observaram claramente
os efeitos da energia escura
nos objetos colapsados mais massivos do Universo (os aglomerados galácticos), usando o
Observatório Chandra de raios-X da NASA. Rastreando como a energia tem i
mpulsionado o crescimento dos aglomerados galácticos e combinando isto com os estudos
anteriores, os cientistas conseguiram as melhores evidências até o momento do que
é a energia escura e qual é o real destino do Universo.
Os cientistas julgam que a energia escura é uma força repulsiva que domina
o Universo atual. A energia escura supostamente trabalharia contra a
gravidade tentando empurrar a matéria em queda de volta,
expandindo-a e inibindo o crescimento das galáxias. Segundo disse o
astrofísico Alexey Vikhlinin, esses novos resultados reforçam mas não
provam a suspeita de que a energia escura é uma estranha antigravidade
denominada constante cosmológica, que foi uma hipótese concebida
e posteriormente abandonada por Albert Einstein, como “um engano”,
quase um século atrás. Caso isso seja verdade, o Universo está condenado
a se esvaziar (e inflar) e um dia no futuro (algo como 100 bilhões de anos)
todas as galáxias exceto as vizinhas do grupo local mais próximas da
Via Láctea desaparecerão da nossa vista, ou seja, ficarão fora do
“Universo Observável“.
A cronologia do efeito da energia escura no crescimento dos aglomerados coincide
com as descobertas feitas através da análise das supernovas distantes que haviam
mostrado que a expansão do Universo que esteve desacelerada no passado
remoto passou a se acelerar há 5,5 bilhões de anos atrás. Essas
são duas fases distintas da história do Universo:
com as descobertas feitas através da análise das supernovas distantes que haviam
mostrado que a expansão do Universo que esteve desacelerada no passado
remoto passou a se acelerar há 5,5 bilhões de anos atrás. Essas
são duas fases distintas da história do Universo:
- A era dominada pela matéria
- (a era anterior que findou há 5,5 bilhões de anos)
- A era dominada pela energia escura (a era atual)
os resultados obtidos pelas duas técnicas distintas “é um triunfo para a teoria da relatividade
geral de Einstein”, a qual descreve a força gravitacional como uma propriedade intrínseca
da geometria do espaço-tempo do Universo. As descobertas fornecem explicações
alternativas consistentes para a expansão acelerada do Universo e levam os pesquisadores
da ciência cosmológica um passo a frente no entendimento da energia escura.
O que foi estudado pelos cientistas:
Vikhlinin e seus colegas usaram o observatório espacial de raios-X Chandra para avaliar 86
aglomerados galácticos previamente localizados pelo satélite Rosat (1990-1999). Um dos
conjuntos consistia de 37 aglomerados galácticos distantes cerca de cinco bilhões
de anos-luz. O outro grupo continha 49 aglomerados galácticos distantes cerca de
meio bilhão de anos-luz ou mais próximos.
Suas massas, determinadas pela extensão das imagens de raios-X e seus espectros,
variavam do equivalente a 100 trilhões de vezes a massa do Sol até quintilhões de
massas solares.Os resultados mostram que o incremento de massa dos
aglomerados galácticos ao longo do tempo se alinha com a tese do Universo
dominado pela energia escura. Torna-se mais difícil para os objetos
massivos como os aglomerados galácticos crescer quando o espaço se estica
(infla, expande), devido à energia escura. Vikhlinin e sua equipe viram este
efeito claramente nos dados analisados.
aglomerados galácticos previamente localizados pelo satélite Rosat (1990-1999). Um dos
conjuntos consistia de 37 aglomerados galácticos distantes cerca de cinco bilhões
de anos-luz. O outro grupo continha 49 aglomerados galácticos distantes cerca de
meio bilhão de anos-luz ou mais próximos.
Suas massas, determinadas pela extensão das imagens de raios-X e seus espectros,
variavam do equivalente a 100 trilhões de vezes a massa do Sol até quintilhões de
massas solares.Os resultados mostram que o incremento de massa dos
aglomerados galácticos ao longo do tempo se alinha com a tese do Universo
dominado pela energia escura. Torna-se mais difícil para os objetos
massivos como os aglomerados galácticos crescer quando o espaço se estica
(infla, expande), devido à energia escura. Vikhlinin e sua equipe viram este
efeito claramente nos dados analisados.
Os resultados são notavelmente consistentes com aqueles que medem as
distâncias, revelando que a teoria da relatividade geral se aplica
perfeitamente, como se esperava, em grandes escalas.
distâncias, revelando que a teoria da relatividade geral se aplica
perfeitamente, como se esperava, em grandes escalas.
Comparando os dados do estudo aos modelos de evolução cósmica,
Vikhlinin e equipe constataram que os aglomerados com maior massa
representam apenas 20% do número que deveria existir, hoje, se não existisse
a energia escura no Universo. Os aglomerados galácticos “continuam crescendo, mas
muito devagar”, afirma Vikhlinin.
Vikhlinin e equipe constataram que os aglomerados com maior massa
representam apenas 20% do número que deveria existir, hoje, se não existisse
a energia escura no Universo. Os aglomerados galácticos “continuam crescendo, mas
muito devagar”, afirma Vikhlinin.
Os novos resultados sobre os aglomerados, combinados a outras medições
das supernovas tipo Ia e das microondas cósmicas remanescentes do
Big Bang, oferecem as mais precisas medições já identificadas quanto
à energia escura, diz Vikhlinin.
das supernovas tipo Ia e das microondas cósmicas remanescentes do
Big Bang, oferecem as mais precisas medições já identificadas quanto
à energia escura, diz Vikhlinin.
Estes resultados acarretam conseqüências notáveis para a previsão do destino final
do Universo. Se a energia escura é explicada pela constante cosmológica,
a expansão do Universo continuará acelerando, e a Via-Láctea e sua vizinha
a galáxia de Andrômeda, nunca se fundirão com o aglomerado de Virgem.
Nesse caso, em aproximadamente cem bilhões de anos, todas as outras galáxias
desaparecerão da visão de la Vía Láctea (já unida a Andrômeda em uma só mega-galáxia)
e finalmente, o superaglomerado local de galáxias também se desintegrará.
Os trabalhos de Vikhlinin e seus colegas serão publicados em dois artigos distintos do Universo. Se a energia escura é explicada pela constante cosmológica,
a expansão do Universo continuará acelerando, e a Via-Láctea e sua vizinha
a galáxia de Andrômeda, nunca se fundirão com o aglomerado de Virgem.
Nesse caso, em aproximadamente cem bilhões de anos, todas as outras galáxias
desaparecerão da visão de la Vía Láctea (já unida a Andrômeda em uma só mega-galáxia)
e finalmente, o superaglomerado local de galáxias também se desintegrará.
no exemplar de 10 de fevereiro de 2009 na revista The Astrophysical Journal.
O Centro de Vôo Espacial Marshall da NASA em Huntsville, Alabama, coordena
o programa Chandra para o Conselho da Missão Científica da NASA em Washington. O
Observatório Astrofísico Smithsoniano controla as operações científicas e de vôo do
Chandra a partir de sua base em Cambridge, Massachusetts.
Fontes e referências:
New York Times: Dark Energy Stunts Galaxies’ Growth por DENNIS OVERBYE
Science Daily: Dark Energy Found Stifling Growth In Universe
Chandra press release: Dark Energy Found Stifling Growth in Universe
JD Harrington – Headquarters, Washington – j.d.harrington@nasa.gov
Jennifer Morcone – Marshall Space Flight Center, Huntsville, Ala. –
Jennifer.J.Morcone@nasa.gov
Megan Watzke – Chandra X-ray Center, Cambridge, Mass. –
cxcpress@cfa.harvard.edu
Jennifer Morcone – Marshall Space Flight Center, Huntsville, Ala. –
Jennifer.J.Morcone@nasa.gov
Megan Watzke – Chandra X-ray Center, Cambridge, Mass. –
cxcpress@cfa.harvard.edu
NASA, WMAP: Timeline of the Universe
Scientific American: Discovering a Dark Universe – A Q&A with Saul Perlmutter.
Dark energy is pushing the universe apart at an ever faster rate. Astrophysicist Saul
Perlmutter recounts the experimental approaches he took to make that discovery.
Por David AppellScientific American: Dark Forces at Work. Ten years ago two
teams discovered that the universe will expand forever at an ever faster rate, thanks t
o an unseen energy. The leader of one of the groups, Saul Perlmutter, expects that new
observations will soon illuminate the universe’s dark side. Por David Appell
Universe Today: No “Big Rip” in our Future: Chandra Provides Insights Into Dark Energy Dark energy is pushing the universe apart at an ever faster rate. Astrophysicist Saul
Perlmutter recounts the experimental approaches he took to make that discovery.
Por David AppellScientific American: Dark Forces at Work. Ten years ago two
teams discovered that the universe will expand forever at an ever faster rate, thanks t
o an unseen energy. The leader of one of the groups, Saul Perlmutter, expects that new
observations will soon illuminate the universe’s dark side. Por David Appell
por Nancy Atkinson ArXiv.org:
Chandra Cluster Cosmology Project III: Cosmological Parameter Constraints
Autores: A.Vikhlinin, A.V.Kravtsov, R.A.Burenin, H.Ebeling, W.R.Forman,
A.Hornstrup, C.Jones, S.S.Murray, D.Nagai, H.Quintana, A.Voevodkin
A.Hornstrup, C.Jones, S.S.Murray, D.Nagai, H.Quintana, A.Voevodkin
Nature.com Blog: New clues for dark energy
Astro.Iag.Usp: A Inflação (cósmica) aula por Ronaldo E. de Souza
Astro.Iag.Usp: A relatividade geral e a cosmologia aula por Ronaldo E. de Souza
Astro.Iag.Usp: A expansão do Universo aula por Ronaldo E. de Souza
Astro.Iag.Usp: O Big-Bang – aula por Ronaldo E. de Souza
Inovação Tecnológica: Descoberta primeira evidência da existência da Energia Escura
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