Deus Ex (muitas vezes abreviado para DX) é um jogo de computador com tema de ficção científica que mescla elementos de tiro em primeira pessoa e RPG (Role Playing Game), desenvolvido pela Ion Storm, Inc. e distribuído pela Eidos Interactive. Liberado para vendas em Junho de 2000, recebeu posteriormente críticas quase sempre muito positivas nas análises de sites e revistas especializadas, tendo sido aclamado jogo do ano.
Introdução
Deus Ex é um jogo que mistura de Tiro em 1ª pessoa e RPG. Com uma história repleta de mistérios e conspirações, um cenário sombrio de um futuro perigoso e não muito distante, você encarna o agente especial J.C. Denton, que trabalha para a UNATCO, uma agência de combate ao terrorismo. Esse ainda é considerado um dos melhores jogos de Tiro em 1ª pessoa/RPG já criado, tendo uma continuação, chamada Deus Ex: Invisible War.História
Em meio a este cenário desolador grupos terroristas começam a se espalhar pelo globo. Para combater estes grupos a ONU (Organização da Nações Unidas) cria uma unidade antiterrorista, a UNATCO (United Nations Anti-Terrorist Coalition - Coalizão Antiterrorista das Nações Unidas), você assume o papel de um agente especial desta organização, chamado J.C. Denton, um homem em meio repleto de mentiras, morte e conspirações.O jogo conta com uma história envolvente, um cenário cyberpunk bem elaborado e uma jogabilidade atraente, componentes que lhe renderam vários prêmios.
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Em 2000, Deus Ex fez um sucesso considerável quando foi lançado para os computadores. Para a felicidade dos usuários do PlayStation 2, foi lançada uma versão do game com o nome de Deus Ex: The Conspiracy. Promissor, o jogo começou a causar estrago alguns meses antes de seu lançamento no console da Sony.Com isso, o Baixaki Jogos teve que conferir o resultado. E, após os testes realizados, é possível afirmar que o game é satisfatório. Só que há uma advertência a ser feita: se você puder, jogue Deus Ex, mas apenas com muito tempo de sobra. Pois o jogo é extremamente amplo, visto que integra fortes elementos do gênero RPG à sua base FPS.
Do princípio ao fim (e até mesmo no modo de treinamento), o jogador tem a chance de perceber que a superação dos obstáculos não é feita apenas com o uso das diferentes armas. Há quem diga que Deus Ex pode ser finalizado sem a utilização de quaisquer armas de fogo. Discrição, tranquilizantes e atenção concentrada são tudo o que o gamer precisa para cumprir as missões.
A serviço das Nações Unidas
Logo no início, o jogador percebe que a ambientação central de Deus Ex nada mais é que "uma América do Norte do futuro". A maioria da população foi afetada pela pobreza e, consequentemente, por uma infinidade de doenças. Obviamente, uma minoria prevalece com riqueza, vacinas e tudo o mais.
O personagem principal do game é J.C. Denton, um agente iniciante da UNATCO (Coalizão Antiterrorista das Nações Unidas). Recentemente, você foi designado para cumprir missões antiterroristas através da NSF (National Secessionist Force, ou Força Separatista Nacional). Desde o princípio da trama, é interessante que o gamer tente ler todos os documentos e diálogos que aparecem.
Para gerar um maior impacto na ambientação do game, os desenvolvedores resolveram deixar os cenários bastante reais através de uma série de itens, como revistas, jornais, placas e terminais eletrônicos. É claro que sempre é possível "passar reto" e ignorar tudo isso, mas, tendo em vista que a experiência com Deus Ex é longa e intensa, por que não gastar um pouco de tempo com essas informações adicionais?
Como de praxe, há missões primárias e secundárias. O pessoal da Ion Storm tentou fazer com que os gamers ficassem intimamente relacionados com a história, tanto que, dependendo das decisões tomadas pelo jogador, caminhos diferentes poderão ser percorridos durante a trama. Códigos secretos e informações sigilosas — através de objetos ou pessoas — formam um bom atrativo.
Único no gênero
Longe de ser um FPS tradicional, Deus Ex exige bastante atenção e discrição dos gamers. Ao invés de empunhar uma arma principal, uma pistola e algumas granadas, Denton é capaz de carregar um vasto conjunto de itens. Exemplos? Rifle de franco-atirador, pistola, besta com flechas normais ou tranquilizantes, cigarros, bebidas, "lockpicks" (pequenos instrumentos para arrombar fechaduras), comida a base de soja...
É praticamente um RPG em perspectiva de primeira pessoa, tamanha a quantidade de ações. Há a possibilidade de revistar corpos de inimigos mortos, utilizar kits médicos para regenerar energia, nocautear oponentes com uma série de armas brancas (pé-de-cabra, faca e bastão policial são algumas delas), dentre outras opções.
Além disso, o jogador tem a possibilidade de melhorar as habilidades de Denton assim que avança na trama de Deus Ex. As armas também recebem avanços tecnológicos e até mesmo Denton é aprimorado com as chamadas Augmentations.
É claro que tais melhorias dependem exclusivamente do perfil que o jogador quer assumir ao longo da ação. Há quem goste de se transformar em um expert em arrombar portas e "hackear" computadores, enquanto outros podem preferir a melhoria nas habilidades com armas de fogo. Isso é um dos pontos divertidos em Deus Ex: flexibilidade.
Um pacote completo
Felizmente, o game conta com uma boa interface geral. Tanto o menu principal quanto as telas de opções relativas a itens são satisfatórias. De forma prática (e um tanto complexa, diga-se de passagem), as diferentes armas são trocadas, os itens são utilizados e o personagem se movimenta pelos cenários. Não há muita dificuldade em aprender os comandos do jogo, por mais que eles fujam um pouco do conjunto tradicional de controles.
Em qualquer um dos vendedores ambulantes, o gamer tem a chance de adquirir novos itens. Além disso, os recipientes mais frágeis, como caixas de madeira, podem ser quebrados para a coleta de acessórios escondidos. Nada melhor que vasculhar os cenários e eliminar os inimigos para ampliar o inventário.
Agora, não há muito o que elogiar no combate em si. Atirar é algo que exige a perseverança dos jogadores, pois o esquema de mira não é nada prático no momento em que Denton precisa rapidamente executar inimigos que detectaram o personagem. É melhor investir na discrição e tentar evitar os tiroteios do que mergulhar diretamente na pancadaria e arriscar morrer por qualquer devaneio.
A inteligência artificial também não é um quesito que conta a favor de Deus Ex. Em qualquer um dos níveis de dificuldade, a movimentação e a reação dos mais diferentes oponentes não são muito realistas. Os inimigos realizam patrulhas previsíveis, agem precipitadamente na hora do perigo e, algumas vezes, ignoram completamente a ameaça propiciada pelo agente da UNATCO.
Sem destaques nos recursos técnicos
Deus Ex: The Conspiracy possui uma ambientação interessante, só que os gráficos não foram polidos devidamente. Muitas texturas são simplesmente deploráveis e as modelagens apresentam sérios problemas visuais. Apesar de conter certas animações interessantes, o FPS distribuído pela Eidos Interactive deixa a desejar nesse ponto.
E, embora o jogo rode perfeitamente bem na maior parte do tempo, há fortes quedas na taxa de quadros por segundo ("frames per second") quando há muita ação na tela. Se os desenvolvedores tivessem gasto um pouco mais de tempo para refinar o visual do game, Deus Ex poderia ser um dos melhores games para PlayStation 2.
Sonoramente, o título é razoável. Embora deixe de apresentar trilhas sonoras magníficas, é difícil reclamar da qualidade sonora em geral. Os sons são convincentes e a ambientação musical é satisfatória. Um dos destaques dos recursos sonoros é a troca de diálogos. Ao invés de ficar lendo grandes quantidades de palavras (como ocorre em muitos RPGs), é possível escutar conversas de boa qualidade em inglês.
Embora não conte com um modo multiplayer, Deus Ex: The Conspiracy é um ótimo jogo para quem tem muito tempo sobrando e gosta de ficção científica, ainda mais com base em cenários da vida real. No quesito FPS, o game não preenche todas as necessidades dos jogadores, mas conta com uma série de detalhes que podem facilmente esconder as falhas do jogo.
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Decisões. A vida está cheia delas, e para cada porta aberta, outras tantas são fechadas. Quem joga videogames raramente tem a oportunidade de experimentar essa sensação no mundo virtual: a maioria dos games força as pessoas por um corredor estreito, quando muito oferecendo duas portas claramente marcadas. "Deus Ex", o ambicioso RPG de ação de Warren Spector ("System Shock"), jogou essa mecânica pela janela em 2000. Agora, a continuação tenta se aproveitar de três anos de avanços técnicos para oferecer um mundo ainda mais complexo.
Para quem não jogou o primeiro game, "Deus Ex" colocava jogadores no papel de um agente cibernético, J.C. Denton (as iniciais não são coincidência), descobrindo enormes conspirações e tendo de tomar uma grande decisão que afetaria o futuro do planeta. Apesar de oferecer finais bastante diferentes (sem economizar nas catástrofes), a continuação - ambientada 20 anos depois - tenta manter suas opções abertas: algumas telas de loading explicam um pouco de Denton e do grande Colapso. O mundo está tentando se reconstruir, mas diferentes facções religiosas e comerciais não interrompem suas tentativas de dominar tudo e destruir umas às outras.
Escolha seu herói (ou heroína)
Jogadores controlam Alex D., que pode ser tanto um homem como uma mulher, durante seu treinamento como agente especial na academia Tarsus. Depois de ataques que destroem a cidade de Chicago e um atentado de um grupo religioso à sede de Seattle, Alex começa a desconfiar de tudo e todos. Fugindo do prédio, suas habilidades especiais (devidas em grande parte à adição de implantes cibernéticos escolhidos pelo jogador) atraem o interesse de diferentes grupos que lutam para tê-la como mercenária.
Assim é apresentado o aspecto mais importante de "Invisible War": não espere ter a opção de escolher entre Bem e Mal... quase todas as facções ou indivíduos que oferecem missões têm intenções próprias e pouco claras. Em meio a tantas conspirações, jogadores são forçados a escolher aliados mais por intuição ou gosto do que por razões morais. Apesar de ser possível tentar agradar a todos no começo (algo importante para juntar recursos), aos poucos as missões começam a se tornar exclusivas: um grupo pede para você proteger algo que o outro quer destruído.
Escolha seu caminho
O grande leque de opções é abençoado por outro aspecto do design do jogo: quase todas as missões podem ser resolvidas de dezenas de maneiras diferentes. Apesar de abandonar o sistema de habilidades individuais de "Deus Ex", "Invisible War" ainda conta com os poderes cibernéticos conferidos por nano-máquinas. Na hora de limpar um armazém poluído com lixo tóxico, o jogador com resistência biológica pode simplesmente atravessar a sala sem preocupação e ativar o ventilador. Um hacker pode controlar um robô e usá-lo para o serviço. Um personagem mais voltado para ação poderia correr pelo corredor de acesso (lutando com um robô de segurança no caminho), passar pela sala infectada o mais rapidamente possível, levantar uma caixa pesada que está no caminho e arrancar o código de um funcionário preso do outro lado. Os mais observadores podem encontrar um duto de ventilação escondido atrás de um engradado... em suma, cada problema parece ter infinitas soluções. Pensamento criativo e uso das habilidades é recompensado a cada segundo, e a estrutura aberta do jogo permite que os poderes sejam usados até fora das missões: alguém com link cibernético poderia possuir uma metralhadora de segurança de um caixa eletrônico e explodir um cofre próximo para conseguir uma grana extra, por exemplo.
"Invisible War" é um dos jogos mais abertos desde "Ultima VII", só que totalmente 3D. O mecanismo utilizado tenta reproduzir um sistema físico realista, sem muito sucesso. Quase todos os objetos podem ser manipulados, mas muitas vezes reagem de maneira um tanto duvidosa. Esse tipo de defeito não seria tão perceptível se o game não tivesse criado um mundo tão profundo para se mergulhar - tornando suas falhas ainda mais óbvias. Da mesma forma, a existência de vários itens úteis espalhados pelos cantos (e até em baús trancados em locais bizarros como becos sem saída) é vital para manter o ritmo do game, mas acaba com a suspensão de descrença.
Não escolha os defeitos
No departamento técnico, o jogo tem um visual bem acabado. Os ambientes apresentam uma lógica realista e são todos bem sinalizados (para não deixar o jogador perdido e louco), e tanto a música quanto a dublagem são excelentes. A interface foi bastante simplificada em relação ao original, mas a lógica de colocar indicadores em um círculo dificulta na hora de acessar rapidamente uma informação importante como energia. Mas os dois piores defeitos são uma performance ruim do jogo - que engasga na taxa de quadros, e na animação dos personagens. Nas partes de ação, é fácil ignorar os problemas. Mas durante conversas, todos os modelos parecem ter olhos exageradamente arregalados e corpos tensos - os braços afastados do peito os fazem parecer espantalhos, principalmente as mulheres.
O jogo oferece muitos motivos para ser jogado repetidamente. Além de poder testar outros poderes, outras soluções e outras alianças, o game tem finais diferentes dependendo das decisões tomadas nas suas últimas horas. A aventura em si dura boas 15 horas, menos que um RPG tradicional, mas o suficiente para explicar a história sem enrolar demais ou entediar por repetição da ação.
Quem procura um RPG tradicional ou um jogo de tiro em "Invisible War" vai ficar decepcionado. Mas quem sente que os games tradicionais são claustrofóbicos por exigir que você siga um caminho predestinado, assim como os fãs de tramas de conspiração, não podem perder essa chance de lutar pelo futuro (ou o fim) da Humanidade.
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Deus Ex: Human Revolution Trailer - GDC 2010
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Deus Ex: Human Revolution Trailer Analysis
creditos:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Deus_Ex-
metalnecromancer
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http://www.baixakijogos.com.br/ps2/deus-ex/analise
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http://jogos.uol.com.br/analises/pc/ult398u145.jhtm
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IGNentertainment